terça-feira, setembro 26, 2006

As urnas eletrônicas ainda são confiáveis?


Os 125 milhões de eleitores brasileiros terão novamente à disposição em 1º de outubro o mais moderno equipamento de votação do mundo.

Mas, passados dez anos da implantação do sistema, ainda não podem ter absoluta certeza de que o resultado da eleição reflete a vontade dos eleitores.

Especialistas que conhecem o sistema por dentro avaliam que as urnas são vulneráveis. São eles o engenheiro Amílcar Brunazo Filho --um dos principais especialistas em segurança de dados do Brasil--, o professor de Ciência da Computação da Unicamp Jorge Stolfi e o ex-juiz eleitoral Ilton Carlos Dellandréa. Os três são unânimes: a urna eletrônica é “fraudável”.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contesta. “O sistema é 100% confiável”, afirma o secretário de Tecnologia da Informação do tribunal, Giuseppe Dutra Janino.

Os três especialistas defendem um novo modelo de urna eletrônica, que imprimiria o voto para ser conferido. O eleitor veria o voto impresso através de uma janela de vidro, mas não teria acesso ao comprovante, que ficaria depositado em uma urna lacrada. Em caso de dúvida sobre o resultado, essa urna seria aberta para uma recontagem manual. Nesse novo sistema, a apuração continuaria rápida, mas, se fosse contestada, o resultado poderia ser comprovado na recontagem.

O TSE rejeita essa proposta. O argumento é que o sistema de impressão poderia facilitar que pessoas interessadas em tumultuar a eleição afirmassem que a urna não computou o voto corretamente. O tribunal avalia que, com a implantação da assinatura digital --que trava o sistema no caso de qualquer modificação-- e com a possibilidade de os partidos políticos terem seis meses para conferência do sistema, as fraudes não ocorrem.

O fato é que nos tempos atuais, as urnas eletrônicas deixaram de ser 100% seguras e precisam sim de uma nova tecnologia!

Fonte: G1

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