sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Preservação: uma breve história

É possível para as nações do mundo, conciliar lucro e preservação do meio ambiente?

Pouca gente sabe, mas até 1970, apenas quem amava mesmo (de verdade) a natureza a protegia. Eram chamados de Bird Watchers. E praticamente ficava restrito aos Estados Unidos essa preocupação.

A partir de 1950, pessoas resolveram realizar grandes eventos ambientais para tentar mobilizar a população e principalmente conscientizar. Em 1970 foi lançada a Clean Air Act, que nada mais é do que a bíblia da legislação ambiental americana. Essa legislação foi então adotada por vários países.

Mas com pouco ou quase nenhum dinheiro em caixa, as ações do Clean Air Act só passaram a envolver somas expressivas de dinheiro depois de 1970.

O incrível é que já nessa época, os economistas argumentaram que tomar medidas para proteger o meio ambiente prejudicaria o crescimento econômico americano. E tudo o mais que havia avançado nesse período voltou quase a estaca zero.

O grande X da questão é que os economistas acham que gastos com a proteção ambiental devem ser lançados como despesas e não como receitas, o que seria o certo, já que preservar só traz lucros futuros.

Aí depois vieram o desmatamento desmedido e criminoso de diversas florestas pelo mundo todo (não é só a Amazônia não) e depois veio o famoso Protocolo de Kyoto que os EUA se negaram a assinar e que por isso mesmo perdeu muito de sua (pseudo) força.

Os países desenvolvidos (e que estão entre os que mais poluem) estão se convencendo hoje (diante das provas) de que todos nós vamos enfrentar um outro tipo de desafio ambiental: o das mudanças globais.

A Terra é muito sensível a mudanças na temperatura e logicamente (como a corda só quebra do lado mais fraco) a vida é mais sensível ainda.

É como diz José Goldemberg (foi secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo): "Acho que a humanidade terá de pagar bem mais em sofrimento e custo, antes de se conscientizar de que é preciso mudar o processo de desenvolvimento."

Também acho!!!

Fonte: Jornal dos Debates

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