Criada em 2007 exclusivamente para assentados da reforma agrária, a turma especial de direito da Universidade Federal de Goiás (UFG) iniciou na última semana o sexto período com os alunos já em campo, auxiliando sindicatos e cooperativas na defesa dos direitos dos trabalhadores rurais e dos sem-terra. Alvo de uma ação do Ministério Público e foco de polêmica, o curso apresenta o mesmo currículo do ensino regular de Direito. Mas os militantes da reforma agrária levam para a instituição temas como violência no campo, transgênicos, quilombolas e trabalho escravo - bandeiras dos movimentos sociais e assuntos incomuns nos bancos das escolas. Há espaço até para atividades que copiam rituais do Movimento dos Sem Terra (MST), revela o enviado especial Evandro Éboli, em reportagem em O GLOBO deste domingo.
Os estudantes já promoveram uma discussão sobre o assassinato da missionária americana Dorothy Stang. Eventos como esse são programados para tentar quebrar resistências dos alunos de outras turmas do curso de Direito.
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