A Pobreza e desemprego ofuscam abertura política como maior preocupação no Irã. Sem diversidade, economia é minada por dependência de importações e sanções; com crise, peso de subsídios e arrecadação baixa cresce.
Nas antiquadas lojas de departamentos da capital iraniana, onde não existem supermercados, os clientes fazem estoque de mercadorias em seus carrinhos.
A inflação oficial bateu 25,2% no último ano, mas os preços de alguns produtos da cesta básica subiram 45%.O desemprego oficial é 11%, mas acredita-se que seja quase o dobro. Uma pesquisa da rede britânica BBC no final do ano passado revelou que para 45% dos iranianos, o desemprego e a pobreza são a maior preocupação. Democracia ou abertura política foram citadas por apenas 1% dos entrevistados.
Mas, para vários economistas, o pior está por vir, graças à queda dos preços internacionais do petróleo.
Cerca de 80% da economia iraniana está nas mãos do Estado e mais de 50% do Orçamento vem da exportação de petróleo -os preços do produto despencaram no último semestre.
A mesa iraniana é servida com importados. Da carne de cordeiro à de frango, passando por arroz, tomate e manteiga, presentes em qualquer kebab que se preze, tudo é importado. Só 8% do montanhoso e árido território nacional é cultivado.
Fonte: Raul na China
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