O número de 86 empresas brasileiras que enviaram representantes ao Irã para acompanhar o ministro Miguel Jorge pode ter até surpreendido o governo do Brasil, conforme afirmou para mim ontem em Washington o secretário de Comércio Exterior brasileiro, Welber Barral. Mas, na realidade, apenas indica o crescimento da importância econômica do Irã para investidores ao redor do mundo, apesar da ameaça de uma nova resolução com sanções ao regime de Teerã no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Em recente entrevista a um programa da rede de TV CNN focado em negócios no Oriente Médio, Jim O’Neill, economista-chefe do banco de investimentos Goldman Sachs – um dos mais poderosos dos EUA –, incluiu o Irã em uma lista de 11 países que podem integrar uma nova geração de BRICs no futuro, usando o termo cunhado por ele próprio para se referir às economias do Brasil, Rússia, Índia e China. Segundo o economista, os iranianos possuem uma mão-de-obra educada e excelentes recursos naturais, além de um mercado de cerca de 70 milhões de habitantes, sendo muitos deles de classe média.
Acredito que no mundo não haja mais espaço para isolamentos desnecessários, nem 'pendengas' religiosas. O mundo e o Irã tem de mudar pois a tônica do momento é crescer e se desenvolver.
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