segunda-feira, abril 12, 2010

Empresários brasileiros não querem nem saber de discussões nucleares, querem é o dinheiro do Irã

O Brasil e os Estados Unidos ainda não se entendem sobre o tratamento a dispensar ao Irã. Os americanos querem apoio às sanções econômicas contra os iranianos por temerem que o programa nuclear do país do presidente Mahmoud Ahmadinejad possa ter como objetivo a produção de armas atômicas – o que motivou a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, a insinuar, em visita ao Brasil há pouco mais de um mês, que o País é “ingênuo” nessa questão. O governo brasileiro, por sua vez, diz que prefere manter relações em seus próprios termos. Nesta semana, pequenas, médias e grandes empresas brasileiras estarão no Irã – e, alheias à discussão, dizem que querem mesmo é ganhar dinheiro com os iranianos.


O presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad: os EUA e o Brasil não se entendem sobre o tratamento ao iraniano, mas o interesse das empresas brasileiras por seu país avança

Pouco mais de 80 companhias brasileiras estarão na missão empresarial Irã, Egito e Líbano, que começa nesta segunda-feira, dia 12, e se estende até a próxima sexta-feira. O iG consultou quase uma dezena delas, e todas disseram que, independentemente das divergências entre os EUA e o Brasil, o que conta nessa missão é a possibilidade futura de mais dinheiro no caixa e de acesso a um mercado consumidor de cerca de 70 milhões de pessoas.

Uma coisa é relação política. Outra, são bons negócios que a região pode oferecer às empresas brasileiras”, afirma Vinícius Leone, gerente comercial da paulistana Leone Equipamentos Automotivos. A companhia, que já possui um representante comercial em Omã, vai participar pela segunda vez de uma missão no Oriente Médio. "Queremos agora um representante dos nossos negócios no Egito", afirma.

A missão será composta por nomes de peso, como Usiminas e Cemig, e também por empresas de menor porte. Tanto as grandes companhias quanto as que chegam pela primeira vez ao mercado iraniano são atraídas, entre outros fatores, por carências de infraestrutura, que abrem a possibilidade de negócios nesse segmento. A fabricante de cabos elétricos paulistana Poliron e a Engemasa, de São Carlos (SP), que fabrica peças de aço inoxidável usadas na indústria e na construção civil, estão nesse grupo.


"O setor de construção civil é um dos que oferecem mais possibilidades de negócios. Quando surgiu a oportunidade de participar da missão, não hesitamos", afirmou Solange Gonçalves, gerente comercial da Poliron. "Os contratos têm cláusulas que garantem vínculos sem riscos entre as empresas do Brasil e as do Irã ou de outros países do Oriente Médio", disse.

"Sabemos que o Irã e o Egito são gigantescos polos petrolíferos, e são nesses dois países que vamos focar nossas atenções durante a missão", diz Pedro Dias, supervisor da divisão de válvulas da Engemasa, que representará a empresa no evento.

Também acho! Os países ditos ricos se entupiram de bombas atômicas e agora pousam de santinhos e protetores do mundo.

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