Fernando Barroso escreve uma coluna de gastronomia no jornal O Povo e nos fala sobre os mitos desta maravilha que é o azeite:
1- Os azeites de oliva de primeira prensagem são os melhores - a afirmação é puro mito, pois todos os azeites de oliva virgens, nos dias de hoje, resultam de uma primeira prensagem, portanto não é esse um fator que define a qualidade do produto. Não existe uma segunda prensagem.
2- Menor acidez é sinônimo de melhor qualidade - outro mito, pois a acidez é um fator de classificação importante do azeite de oliva virgem, mas não serve para indicar a qualidade sensorial do produto. O microclima e o solo em que a árvore está plantada, aliados aos devidos cuidados na coleta, manuseio e translado do fruto até a prensagem representam fatores definidores da qualidade. A acidez, que não tem nada a ver com o pH que aprendemos nas aulas de química, é gustativamente imperceptível e tende a ser menor quando a coleta e o processamento das azeitonas são bem feitos. É possível, por exemplo, encontrar um azeite com grau de acidez baixo, mas com pouca personalidade, pouco aroma e de sabor apagado e, ao contrário, descobrir um produto com acidez um pouco mais alta, mas de presença marcante na boca.
3- Os azeites jovens são melhores - também pode ser considerado mito pois, embora, em geral, o azeite de oliva, ao contrário dos vinhos, seja tanto melhor quanto mais jovem, não é correto afirmar que qualquer azeite de oliva, por ser jovem, é automaticamente melhor do que outro mais antigo. O que se pode afirmar, exatamente, é que um determinado azeite será sempre melhor no começo de sua vida do que no fim dela.
Na minha casa consome-se muito azeite extra virgem, muito mesmo.
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