A onda de frio polar que se abateu sobre a região do Cone Sul matou pelo menos nove pessoas na Argentina, até ontem. O último óbito confirmado foi o de um bebê que vivia com sua família nas ruas de Buenos Aires.
A entidade civil Rede Solidária informou que as vítimas de hipotermia são, na maioria, moradores sem teto das províncias de Buenos Aires, Corrientes, San Luis, Misiones, Chubut, La Pampa e Jujuy. As temperaturas negativas e as nevascas afetam quase todo o território argentino.
A agência de notícias France Presse informou que outros 33 argentinos – 11 deles crianças e adolescentes – morreram por intoxicação de monóxido de carbono, devido a falhas nos sistemas de calefação, quando tentavam se proteger do frio. A maioria dos acidentes ocorreu em casas precárias, sem sistemas adequados de ventilação.
Dedicada a evitar esse tipo de morte, a Rede Solidária lamentou que, a cada ano, entre 80 e cem pessoas são vítimas de hipotermia ou inalação de monóxido de carbono na Argentina. E a tendência é piorar a situação com o aumento da pobreza.
– Em Buenos Aires, há 1,4 mil pessoas dormindo nas ruas. Em todo o país, as pessoas nesta situação somam 20 mil, 60% delas homens entre 35 e 55 anos – alerta o fundador da entidade, Juan Carr.
O último relatório do Serviço Meteorológico Nacional (SMN) informa que a onda de ar frio de origem polar atinge o território argentino com temperaturas mínimas de até -14°C, no centro da Patagônia. No norte, onde o verão é tórrido, os termômetros desceram a -3°C.
Fonte: Zero Hora
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