Deu no Terra Magazine:
No dia 1º de fevereiro, a presidência da Petrobras recebeu a notícia através do seu setor de segurança. Um container despachado desde uma das plataformas de pesquisa na bacia de Campos para a superintendência da Petrobras em Macaé teve violado um cadeado de segurança.
Quando se tentou abrir o cadeado, a chave não funcionou. Na seqüência de tentativas, aberto na marra, a segurança descobriu: o cadeado original havia sido trocado por outro, dados e informações absolutamente estratégicas e confidenciais sobre as recentes descobertas da Petrobras haviam desaparecido do container.
Como a empresa dispõe de cópias da documentação contida nos notebooks e no disco rígido, não reside nisso o maior problema; melhor dizendo, a cadeia de graves problemas e seus desdobramentos.
Quanto a esta teia de problemas e desdobramentos possíveis, comecemos pela empresa contratada pela Petrobras para o transporte de tão confidenciais informações: é a norte-americana Halliburton, uma das maiores corporações do mundo nos serviços de pesquisa e exploração de petróleo.
Linkada às gigantes Energy Services Group (EGS) e Kellogg Brown & Root (KBR), a Halliburton teve como presidente Dick Cheney, o atual vice-presidente dos Estados Unidos. Cheney deixou o cargo na Halliburton, empresa presente em mais de 100 países, para ser o vice de George Bush Júnior.
Hipóteses mais prováveis, até o momento, são:
- Ação isolada de um serviço secreto estrangeiro.
- Espionagem - com a participação ou não de Serviços de Inteligência estrangeiros - por parte de empresa concorrente no trilhardário mundo do petróleo.
Para constar, apenas isso e nada mais do que isso, um perfil dos envolvidos; até que se saiba mais, diga-se, envolvidos involuntariamente.
Envolvidos por serem instituições ou personagens que, ainda que à revelia, não têm como não freqüentar este rocambolesco enredo.
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