Como uma maldição bíblica, há 50 dias e 50 noites a maré negra jorra incessantemente no Golfo do México. Esta semana diminuiu um pouco, mas depois de contaminar mares, poluir praias e envenenar pássaros e peixes, desenhando cenas de um apocalipse moderno. Uma das últimas praias a ser atingida, a de Pensacola, anunciava ter "as areias mais brancas do mundo". O óleo já chegou às costas da Louisiana, Mississipi, Alabama, Nova Orleans e oeste da Flórida. É o pior desastre ambiental da história dos EUA.
Segundo Barack Obama, devido à ganância, a empresa dona da plataforma que afundou projeta distribuir US$10 bilhões de dividendos a seus acionistas, enquanto pescadores e demais moradores das áreas atingidas enfrentam sérias dificuldades. Além disso, a BP estaria gastando US$50 milhões em propaganda na TV para "limpar" a sua imagem, em vez de limpar os mares. Não dá para não pensar na hipótese de uma tragédia semelhante aqui, neste nosso estado que é bem menor do que a mancha que cobre o Golfo do México. Será que a tragédia vai servir pelo menos para nos precaver?
Zuenir Ventura
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