Minutos antes de pronunciar o discurso com o qual abriu ontem à noite no hotel Seara o VII Seminário Tendência do Cooperativismo, cujos participantes o ouviram sobre a origem do terremoto que já fechou e segue fechando grandes empresas e bancos em todo o mundo, o deputado Ciro Gomes falou para este blog, aprofundando sua crítica ao modelo neoliberal, “único e exclusivo responsável pela mais grave crise financeira mundial dos últimos 80 anos”. Desde 1995, Ciro Gomes já vinha dizendo em todos os fóruns — e o repetiu no de ontem com mais contundência ainda — que a globalização é uma ideologia de quinta categoria que foi vendida como ciência. No Brasil, segundo a análise de Ciro, o manual da globalização só não foi totalmente cumprido porque o eleitor brasileiro, “que tem muito juízo”, percebeu o perigo e elegeu Lula sucessor de FHC. “Felizmente, o processo de privatização foi interrompido e assim salvamos o Banco do Brasil, a Petrobras, a Eletrobras, a Chesf, Furnas, a Eletronorte, a Embrapa e outras jóias da coroa”, comentou o parlamentar cearense. Lá fora, principalmente nos EUA e na Europa, opina Ciro Gomes, os governos deixaram o mercado tomar conta de tudo, “e deu no que deu”. Ciro entende que o Estado tem de mediar o mercado, “e quem ainda duvidava disso não duvida mais: veja o que fazem agora os governos dos EUA, da China, da Europa e do Japão”.
Fonte: Desabafo Brasil
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