Filas em restaurantes, em cinemas, nas rodoviárias, nos aeroportos, em hospitais e até no trânsito. Há muito tempo o brasileiro passou a conviver com a cultura das filas e, conseqüentemente, com a tentação de furá-las. Alguns foram vítimas dos “furões”, já outros passaram a frente nas filas, mas a concordância é que pelo menos uma vez a hipótese de furar filas já foi cogitada. Pesquisa feita a pedido da Comissão de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência da República, aponta que quase 52% dos brasileiros já furaram ou furam filas.
No Brasil, houve até quadrilhas que se especializassem em furar filas em bancos utilizando idosos para passar a frente. Em alguns países foram criadas, inclusive, leis para punir os “furões de fila”. A fila foi também tese de mestrado. O psicólogo Fábio Iglesias, por exemplo, do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB), pesquisou o comportamento de quem freqüenta filas na capital federal e, por meio da análise, Iglesias reuniu as estratégias mais adotadas por quem fura fila: a maioria finge distração e usa o celular. Todavia, o método mais usual é pedir uma informação e se infiltrar na fila, aos poucos.
O quantitativo dos “furões de fila” foi feito pelo professor Ricardo Caldas, da Universidade de Brasília, entre março e junho deste ano e consta do estudo “O padrão de conduta ética dos servidores públicos”. No total, foram ouvidas duas mil pessoas de todo o país, entre funcionários públicos e de várias outras profissões. Mas a pesquisa só foi de fato realizada com os 1.767 entrevistados que disseram já ter ouvido falar sobre a ética.
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