quarta-feira, novembro 05, 2008

O que torna histórica a vitória de Obama


Há muitos componentes para justificar a natureza histórica da eleição de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos. O primeiro e mais evidente é a cor da pele dele. Entre nós Omaba seria chamado de mulato. Para os norte-americanos ele é negro. E não faz mais do que 44 anos que a um negro foi permitido nos Estados Unidos entrar em transporte coletivo e ocupar o assento que quisesse.


Obama foi suficientemente esperto para não se apresentar como o candidato dos negros. Ou dos negros e dos hispânicos. Ou dos negros, hispânicos e demais minorias que compõem o extraordinário mosaico multiracial da pátria de todos os migrantes. Obama se ofereceu como o candidato para além das raças. Como um genuíno representante do país de todas as raças. E essa foi uma das razões de sua vitória.


Ela é também histórica porque pela primeira vez nos últimos 100 anos - ou mais - os norte-americanos elegeram um candidato de fora do establishment dos partidos. O candidato do establishment do Partido Democrata era a senadora Hillary Clinton, mulher do ex-presidente Bill Clinton, que por oito anos governou o país. A escolha de Hilary era pule de dez até ela esbarrar em Obama.


E quem era Obama antes de se consagrar presidente dos Estados Unidos? Um líder comunitário que em 1996 foi eleito ao Senado de Illinois (orgão integrante da Assembléia Geral de Illinois, que constitui o poder legislativo local). Foi reeleito em 2000. E somente em 2004 se elegeu senador dos Estados Unidos. Seu atual mandato deveria terminar em 2011.


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2 comentários:

Anônimo disse...

Seu comentário sobre a vitória de Obama é bastante consciente e memorável.
Em meu blog fiz uma lista dos melhores artigos publicados na internet brasileira sobre a vitória dele e o seu está entre os melhores.
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Anônimo disse...

Meu caro Adeodato,
Como Cearense que sou, embora há muito residindo em outras cidades deste grande Brasil, quero comemorar com você e demais leitores essa virada mundial na escolha de um presidente. O Mundo vem desenhando as possibilidades de quebrar muitos paradigmas e Obama representa um deles. Não somente pela cor, pela origem, mas principalmente pelo interesse do povo em novos discursos, em novas revelações, em novos dizeres para a humanidade. Ainda é cedo para se confirmar sentimentos, mas nunca é tarde para acreditar. Ultimamente tenho ouvido muita comparação, guardada as grandes proporções, entre Obama e Collor. Acho que existem coisas afins e desníveis abismais. Uma coisa é certo. Um foi burro e esse, o tal Obama, me parece inteligente, afinal, os americanos defendem a supremacia, a dignidade americada, já nossos combalidos líderes, defendem o próprio bolso e quase nunca a bandeira, a honra e a glória de ser um povo vitorioso. Vejam todos a história americana, por certo marcada por encontros e desencontros e vejam a nossa, marcada por roubos, propinas, indecências e outras coisa mais pesadas que, desde já ocorrem em outros países, inclusive no States, mas que cuidam eles de fazer tudo em alto nível e não possuem coragem alguma para mandar ninguém se fuder, nem falta-lhes vergonha, otimismo e vontade de fazer um estado diferente. Continuarão sendo os mandos do mundo. A história dirá algo assim. Não quero também fazer comparações, mas nossas lideranças, se é que existem, são apenas radicais turbinados em excessivos limites de seus próprios muros e nós brasileiros uns bosta, que se estamos no front de alguns privilégios ficamos calados, senão, ficamos com medo. Viva Obama. Viva nós, guerreiros brasileiros sem armas, sem vontade, sem definição e sem rumo.