Por Tim Weiner, direto do New York Times:
Robert S. McNamara, o poderoso e cerebral secretário de Defesa que ajudou a conduzir os Estados Unidos ao redemoinho do Vietnã e passou o resto de sua vida lidando com as consequências morais da guerra, morreu na segunda-feira (6) em sua casa em Washington. Ele tinha 93 anos.
McNamara foi o mais influente secretário de Defesa do século 20. Tendo servido aos presidentes John F. Kennedy e Lyndon B. Johnson de 1961 a 1968, ele supervisionou centenas de missões militares, milhares de armas nucleares e bilhões de dólares em gastos militares e vendas de armas para o exterior. Ele também ampliou o papel do secretário de Defesa, cuidando da diplomacia internacional e do envio de tropas para garantir o cumprimento dos direitos civis no Sul.
"Ele é como uma britadeira", disse Johnson. "Nenhum ser humano pode suportar o que ele suporta. Ele crava fundo. Ele é perfeito demais.
"Meio milhão de soldados americanos foram à guerra durante o mandato de McNamara. Mais de 16 mil morreram; outros 42 mil tombariam nos sete anos posteriores.
A guerra se transformou em seu pesadelo pessoal. Nada do que fez, nenhuma das ferramentas ao seu comando - o poder das armas americanas, as forças da tecnologia e da lógica ou a força dos soldados americanos- conseguiu deter os exércitos do Vietnã do Norte e seus aliados sul-vietnamitas, os vietcongues. Ele concluiu muito antes de deixar o Pentágono que a guerra era fútil, mas ele não compartilhou esse entendimento com o público até mais tarde em sua vida.
A idéia dos Estados Unidos perderem a guerra parecia impossível quando McNamara chegou ao Pentágono em janeiro de 1961, como o oitavo secretário de Defesa do país. Ele tinha 44 anos e tinha sido nomeado presidente da Ford Motor Company apenas 10 semanas antes. Kennedy o chamava de o homem mais inteligente que já tinha conhecido.
Em 1995, ele assumiu uma posição contra sua própria condução da guerra, confessando em um livro de memórias que foi "errada, terrivelmente errada". Em resposta, ele enfrentou uma tempestade de desprezo.
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