terça-feira, janeiro 13, 2009

Lá como cá


Wálter Fanganiello Maierovitch escreveu:


Ontem, Bernard Madoff passou por um susto. Sua prisão domiciliar quase foi revogada. No final da tarde, no entanto, a Corte de Nova York estabeleceu novas condições para ele prosseguir em prisão domiciliar. Isto frustrou o ministério Público, que se batia pela volta de Madoff ao cárcere.
Madoff, ex-presidente da Nasdaq e autor de pantagruélico golpe de US$50 bilhões, acabou encarcerado no dia 11 de dezembro passado. Virou manchete por quebrar centenas de investidores e levar ao desespero milhões de poupadores.


Como o juiz Nicolau dos Santos, –apelidado de Lalau–, Madoff ficou pouco tempo no cárcere. Logrou, junto à Corte de Justiça de Nova York, uma prisão domiciliar provisória, enquanto aguarda uma decisão definitiva no processo criminal instaurado pelo ministério Público.
O alcunhado juiz Lalau, cuja condenação ainda não transitou em julgado, está preso na sua mansão localizada no aristocrático bairro paulista do Morumbi. Maddof transferiu-se para a sua luxuosa residência em Manhattan, no Upper Est Side.


Ambos, em comum, têm vigilância policial, a afastar, evidentemente, riscos de assaltos nos domicílios e importunações de lesados credores. Certamente, ambos rescindiram contratos com empresas de segurança privada. Algumas diferenças, no entanto, existem. Madoff, por exemplo, é obrigado a usar um bracelete eletrônico, para evitar fuga e uma eventual tentação de dar um passeio pelo Central Park. Como usa sempre camisa de manga longa, gravata e terno, a pulseira não será vista pelo mordomo e empregados da sua mansão-prisão.


Ao contrário do referido juiz Nicolau, Madoff ainda não ousou contratar advogados para evitar, em zonas off e on-shore, o repatriamento de dinheiro localizado e apreendido. A propósito, a resistência de Lalau mostra o quanto está arrependido pelos ilícitos que lhe são imputados. Porta-se como inocente, cujo dinheiro defendido, e no exterior, alega ter recebido como herança, sem comprovação até agora.


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