Quem escreveu foi Claudio Webwer Abramo:
Cada vez que se descobre alguma nova patifaria no Congresso Nacional, é batata: subitamente os parlamentares passam a discutir a reforma política.
A idéia é desviar a atenção do escândalo e tentar projetar a imagem de que deputados e senadores não se dedicam apenas a mordiscar o erário, mas também discutem coisa séria.
Como os escândalos envolvendo o Parlamento se sucedem, a “agenda positiva” da reforma política aparece na pauta com igual frequência. O tema se transformou numa espécie de pau-pra-toda-obra na tentativa de iludir a galera com cortinas de fumaça.
Parlamentares falseiam despesas e embolsam dinheiro de verbas indenizatórias? Reforma política neles. Candidatos e empresas entram em conluio na formação de caixa dois eleitoral? Só a reforma política resolverá. Deputados vendem emendas ao Orçamento? É porque não se fez a reforma política.
Na verdade, tudo o que diz respeito a essa reforma política de araque é equivocado.
Primeiro, o óbvio: atos de banditismo parlamentar no atacado, estimulados pela inexistência de controles mínimos nas Casas legislativas, nada têm a ver com o ordenamento eleitoral e partidário.
Segundo, a principal deficiência do arcabouço político-eleitoral brasileiro, a saber, o baixo grau de representatividade dos eleitos, não é arranhada.
Terceiro, o assunto central da pretensa reforma política, a saber, o mecanismo de financiamento eleitoral, se baseia num embuste e se articula numa sequência de equívocos.
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