O PSDB foi inapetente, o governo parece esfaimado
Por Alberto Dines em 4/12/2007
A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) que o Democratas apresentou na segunda-feira (3/12) no Supremo Tribunal Federal para impugnar a Medida Provisória que criou a TV Brasil teve o mérito de esclarecer pelo menos duas questões fundamentais:
** O DEM, ex-PFL, não se meteria sozinho nesta aventura caso não contasse com o apoio de importantes grupos privados de comunicação (eletrônicos e impressos) inconformados com a aparição de uma alternativa pública (ou semi-pública) destinada a atender ao segmento dos telespectadores insatisfeitos com os padrões da TV comercial.
** O DEM aceita a Rede Cultura, uma TV Pública (ou semi-pública) sustentada pelo governo do estado de São Paulo (PSDB), constituída em moldes exatamente iguais aos da TV Brasil e com uma audiência que esta dificilmente conquistará nos seus primeiros anos de vida.
O Democratas, portanto, não está preocupado com a qualidade da nossa TV, está preocupado com a presença deste governo nas telinhas e, evidentemente, em ganhar apoio do setor conservador da mídia. Jamais abriu o bico contra a TV Educativa ou contra a Radiobrás, os sustentáculos da primeira fase da TV Brasil. Joga-se agora contra a TV Brasil porque esta nasceu equívoca, impulsionada por cronogramas visivelmente eleitorais.
A montagem da TV Brasil passou ao largo de todas as discussões, de todos os seminários e de todos os fóruns sobre TV Pública nos últimos dez ou onze anos que recomendavam expressamente um entrosamento entre as emissoras e redes existentes, públicas, culturais ou educativas.Leia a matéria completa aqui
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