quarta-feira, outubro 01, 2008

Sarah Palin teve parte dos estudos pagos por companhias petrolíferas

É. Definitivamente, a situação nos Estados Unidos não está nada boa.

Não bastasse a quebradeira geral da economia, a campanha por lá foi pautada por várias caracteristicas de um teatro burlesco.

Agora, depois de escolher uma candidata como vice na chapa, McCain ainda vai ter de engolir essa noticia que saiu no Estadão:

A candidata republicana a vice-presidente republicana, Sarah Palin, baseou sua campanha contra a proteção do urso polar em estudos financiados em parte pela indústria petrolífera, segundo afirma a edição desta quarta-feira, 1, do jornal britânico The Guardian.

Em resposta à uma consulta do governo federal sobre a situação da espécie no Estado, supostamente ameaçada de extinção, Palin e sua equipe de assessorem se basearam no trabalho de seis cientistas que questionaram a existência da mudança climática ou sua gravidade, afirma o jornal. Um dos documentos apresentados por Palin, foi criticado por basear suas investigações antigas e omitir as provas existentes de que o gelo polar está derretendo em maior velocidade.

Um dos autores desse trabalho, Willie Soon, completou seu levantamento com a ajuda econômica da gigante petrolífera ExxonMobil, que opera no Alasca, e do Instituto Americano de Petróleo. O cientista trabalhou com o George C. Marshall Institute, que recebeu US$ 715 mil de financiamento desde 1998 e sempre foi distinguido por seu ceticismo sobre o perigo da mudança climática.

Outros especialistas céticos citados por Palin e sua equipe são Syun-Ichi Akasofu, ex-diretor do Centro Internacional de Investigações Árticas, do Alasca, e Timothy Ball, professor jubilado de Winnipeg. Akasofu foi o primeiro fundador da Heartland Institute, que recebeu US$ 676.500 da Exxonmobil desde 1998, enquanto Ball trabalhou em projetos financiados por empresas do setor energético.

Segundo Kert Davies, do Greenpeace, sob o mandato de Palin como governadora, o Alasca se apoiou em especialistas cujos pontos de vista estão em oposição com o consenso geral da comunidade cientifica internacional, aponta o jornal.

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