O projeto de lei que prevê alteração da data de aniversário de Fortaleza não era assunto na pauta da sessão de ontem da Câmara Municipal de Fortaleza, mas a visita de uma comissão de historiadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), acompanhada do vice-governador do Ceará, Francisco Pinheiro (PT) e do deputado estadual e professor de história Artur Bruno (PT), direcionou à polêmica a maior parte das discussões.
O presidente da Casa, vereador Tin Gomes (PHS), marcou para o dia 10 de novembro uma ampla discussão sobre o assunto. "Será um seminário para que os interessados tenham oportunidade de apresentar suas contraposições. Depois disso, os vereadores estarão prontos para votar com segurança". No dia seguinte ao seminário (11 de novembro), a proposta de lei entra na pauta e deve passar pela segunda votação na Câmara.
De acordo com a proposta, assinada pelo vereador Idalmir Feitosa (PSDB), a "nova" data inaugural da história de Fortaleza seria 25 de julho de 1604. Curiosamente, Idalmir, que propôs a mudança de data, foi também o autor do projeto que fixou a atual data de aniversário da Capital: 13 de abril de 1726. O parlamentar não estava presente na sessão de ontem, quando seu projeto foi discutido por historiadores.
Se o novo projeto for aprovado e sancionado pela prefeita Luizianne Lins (PT), Fortaleza passará a ter, oficialmente, 404 anos de existência, 122 anos a mais que a idade atual: 282 anos. Antes de chegar ao gabinete da prefeita, o projeto passará pela segunda votação e, em seguida, pela votação final. O deputado Artur Bruno (PT) lembrou que a cidade ainda não se envolveu na discussão e pediu que os vereadores façam uma reflexão profunda sobre a questão.
Fonte: O Povo
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