segunda-feira, julho 16, 2007

A dúvida é: esse Congresso tem jeito? ou A Casa da Lama




Li essa matéria no jornal OPovo de hoje e me chamou atenção duas coisas: 1/3 do Congresso é de gente que quer apenas ganhar dinheiro fácil e de forma ilegal e tem gente por lá que parece que quer mudar as coisas. Mas será mesmo?



Começa asim:


A "casa do povo" com a imagem na lama


Marcela Belchiorda
Redação


Quase um em cada seis congressistas responde a processo. O número de ações na Justiça contra eles chega a quase 200. O número de faltas na legislatura passada supera a marca de 51 mil. Só 37% das sessões deliberativas votam alguma coisa. A dúvida é: esse Congresso tem jeito?



E continua assim:


Os parlamentares são processados por crimes para todos os gostos: sonegação fiscal, falsidade ideológica, peculato, corrupção ativa e passiva, improbidade administrativa, desvio de verbas, estelionato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, associação para o tráfico, seqüestro, lesão corporal e até tentativa de homicídio, como é o caso do deputado federal Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB).



Mesmo a legislatura passada tendo sido marcada por escândalos como o mensalão e a máfia das ambulâncias - esta última que gerou a abertura de processos contra 69 deputados e três senadores -, mais da metade dos parlamentares foi reeleita.


O Congresso foi renovado em apenas 25%, considerando o total de vagas na Câmara e no Senado. Mas o problema do Congresso não é apenas ético e moral. Há também muito custo, pouco trabalho e menos ainda resultado. No período entre 2003 e 2006, a Câmara dos Deputados registrou o alarmante índice de 51,8 mil faltas. Dos 513 deputados, 118 faltaram a mais de uma em cada quatro sessões. E, mesmo quando estão lá, há pouco resultado. Apenas pouco mais de um terço das sessões marcadas para votações - precisamente 37% delas - chegaram, efetivamente, a decidir alguma coisa.


Com três anos e meio pela frente, o Congresso mergulha cada vez mais em uma grave crise de representação cujo resultado é um risco mesmo para a democracia. O lado positivo é que os próprios parlamentares já estão incomodados - e muito. E alternativas começam a ser discutidas para tirar o Legislativo da lama.


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