sexta-feira, julho 13, 2007

Goveno Lula agora é inimigo do MST, segundo Stédile


Deu na edição de hoje de OPovo:


O discurso de um dos mais importantes líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) mudou. Ao falar na manhã de ontem, na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Cascavel a uma platéia de aproximadamente 4 mil pessoas, entre sem-terra assentados, pequenos agricultores e estudantes, João Pedro Stédile diz que o latifúndio deixou de ser o principal inimigo do movimento e elegeu outros adversários, como as empresas transacionais, o agronegócio e o governo Lula, na luta pela reforma agrária e mudança do modelo econômico em vigor no Brasil "Antes era o latifúndio, agora são as empresas transacionais que exploram as nossas riquezas e levam para fora do País", afirma Stédile referindo-se às multinacionais, como Cargil, Bünge e Monsanto.


Segundo ele, as empresas que dominam o agronegócio brasileiro enviaram para o exterior cerca de US$ 4 bilhões entre janeiro a junho deste ano, enquanto que a reforma agrária necessitaria de US$ 1 bilhão para ser executada pelo governo brasileiro.


De acordo com dados do MST, há 4 milhões de famílias de sem-terra no Brasil. A maioria delas, segundo o movimento, vive em acampamentos precários e mora em barracos cobertos de lona preta. Para Stédile, a reforma agrária no governo Luiz Inácio Lula da Silva está muito longe da expectativa dos movimentos sociais. "O MST se iludiu com o Lula porque ele (Lula) não manda nada, vive viajando.


Quem manda nesse país são os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Por isso, a reforma agrária não avança", diz o líder sem-terra. Para ele, o Estado brasileiro fez uma "aliança" com o agronegócio e nesse sentido cria leis para protegê-lo. "O Lula fica quieto porque recebeu dinheiro de campanha das empresas transacionais", acusa.



E aí heim??

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