Texto que me foi enviado por e-mail:
Procura-se um culpado para o caso Eloá versus Lindemberg
Já participei de vários cenários de crises penitenciárias (embora tenham suas peculiaridades, mas cenários de crises se assemelham), onde tínhamos reféns e possíveis vítimas (termos técnicos com diferenças substanciais) para com a manutenção das vidas humanas envolvidas no cenário da crise.
A Doutrina de Gerenciamento de Crise adotada pelo Brasil recomenda que somente no último caso se deva fazer uma resolução tática da crise, sobretudo debelando o ponto critico com vista a salvar as vidas de todos os envolvidos. A ordem técnica é negociar, negociar e negociar…mesmo que isso demande bastante tempo (o suficiente para que a resolução seja pacimoniada com vidas salvas de todos os lados), mas este fator é fundamental para que o ânimus do (s) provocador (es) do evento crítico (pec), possa cair na real e se comece a dar sinais de racionalidade da irracionalidade externada, afora os pontos correlatos a cansaços físicos, fome etc como estratégias intermediárias.
E mais: mesmo que dure mais dias, pois isso também ajuda a estabelecer a famosa síndrome de Estocolmo nas pessoas dos reféns e/ou vítimas. O que, poderá, de alguma forma facilitar nas negociações já que o pec e suas “garras” passam a se verem como iguais diante do quadro estabelecido.
É evidente que crucialmente o isolamento do ponto crítico, passa a ser 99% da resolução do conflito, sobretudo em evitar qualquer forma que se crie palco ou palcos para o (s) provocador (es) de evento, de forma que o vazio diante do quadro procura, o pec, profundamente valorizar quem esteja na qualidade de refém, justamente para que ele saísse da situação criada imune a uma eventual ação policial, dentre outras razões.
O que, diante do caso acima, vimos que tão logo o Lindemberg se vira diante de entrevistas em rede Nacional, formou-se, irresponsavelmente, verdadeiros palcos de “sucessos” e “outras” garantias para que ele arriscasse e pusesse em prática seu macabro plano de vingança inconsciente de destruir sua doente paixão recolhida e rejeitada pela Eloá.
O certo é que não se tem exatidão para com a resolução do evento, pois, nada no cenário sugere o uso de uma lógica mecanizada ou instrumentalizada, mas de produtos de inúmeras subjetividades a serem em tempo recorde interpretadas pelo negociador ou quem estiver fazendo sua vez, daí, as incertezas dos resultados. E os perigos latentes.
Aos desavisados, desinformados e irrealistas, é precisam saber que, por mais preparado que estejam os policiais que farão parte do Gerenciamento da Crise, todos, sem exceção, passam por inúmeras pressões mediante cobranças internas e externas, muitas vezes de oportunistas de plantão, cujo sucesso basicamente está vinculado a interesses de ordem pessoal em detrimento do coletivo, notadamente das próprias vidas que ali estão em jogo de resolução como espetáculo para um “grande noticiário para o dia seguinte”.
Tive a sorte, coragem e muita fé em Deus nos 10 (dez) casos de gerenciamentos realizados aqui no Maranhão, mas, a cada um que se passou em minha vida profissional, praticamente um pedaço de mim, e acredito, dos colegas que me auxiliaram e tinham consciências do compromisso com as vidas de todos que estavam fazendo parte dos cenários “administrados”, ficaram nos locais e em nossos subconscientes por eternas lembranças que, tão pouco se apagarão as horas e/ou os dias vividos de tantas tensões passada.
Portanto, apontar erros de forma destrutiva para se arranjar um culpado, é simplesmente desencorajar todos aqueles que, de uma forma ou doutra, sempre estará em prontidão para incertos e inúmeros outros casos que poderão suscitar numa sociedade extremamente criminógena e doente como a nossa, ou seja, a Polícia como um todo.
Há de se rezar pela Eloá, sua coleguinha, pelos seus familiares, pelos policiais que participaram do evento acontecido, e até mesmo pelo Lindemberg que, dentro da irracionalidade humana externada, mostrou-nos que somos todos caixas de surpresa, sobretudo porque conduzimos o germe da irracionalidade adormecida em todos nós.Assim, acredito ainda que deixaríamos a hipocrisia de se ver mais uma vez nesse imenso Brasil, a procura desenfreada dos culpados no desfecho nefasto ocorrido na situação acima.
De maneira que, de um forma sistêmica (e não passional), se quisermos realmente procurar culpados, tenhamos a autenticidade de simplesmente antes de tudo,nos olharmos diante de um espelho, facilmente encontraremos o culpado maior: todos nós mesmos que fazemos e compomos a sociedade pós-moderna que trás consigo suas agudas formas de expressões irracionais!!!
Por Sebastião Uchoa
Delegado de Polícia Civil no Maranhão
3 comentários:
sou mãe e cristã tambem concordo com o sr. Delegado.... e mais eu pergunto aos orgãos publico, as familias a sociedade em geral: O que se tem feito para a prevenção da violência... do desamor....da vida...até parece que é mais comodo procurar um culpado....e assim dar continuidade a vingança""... iniciada pelo agressor.
bom, meu nome é Dude e tenho 18 anos, vivo em SC. Acho que na resolução deste caso a polícia não errou, 5 dias de sequestro não há nervos que aguentem todos estavam cansados. na minha opinião, este caso tinha que ser solucionado até o segundo dia onde o lindemberg, aparentemente, mostrava sinais para seder à polícia. e caso ele não sedesse os atiradores de elite tinham que ser acionados e as duas estariam bem agora.
E pra começo de conversa que mãe é essa que deixa sua filha de 12 anos namorar com um rapaz de 18, nem que ele fosse santo, ela era uma criança ainda brincava de bonecas, ia saber o que significava um relacionamento sério como um namoro.
o erro foi da mãe e do pai de eloá que permitiram este namoro prematuro. e parabéns aos políciais
Parabéns pelo blog
Até breve. Dude
V6 KEREM SABER DA VDADE... INTAUM LÁ VAI:
O LINDEMBERG SMPRE TERMINAVA C/ A ELOÁ P/ VER A REAÇÃO DELA. NESSA ÚLTIMA VZ, QNDO "ELE" TERMINOU SAIU COM A AMIGA, NAYARA. ELOÁ TINHA O COSTUME DE SEMPRE VOLTAR PARA ELE, SÓ QUE DEPOIS D SAIR COM SUA PRÓPRIA MELHOR AMIGA... DECIDIU SE VALORIZAR!!!
DEPOIS DE DAR UNS PEGA NA MINA (NAYARA) ELI PERCEBEU Q ERA SÓ ZUEIRA E QUIS VOLTAR COM A ELOÁ, MAS COMO DISSE ANTERIORMENTE, ELA NÃO QUIS, AÍ ELE FEZ TODO AQUELE INFERNO!!!
AH E TEM OUTRA COISA, NO DIA DA INVASÃO, HOUVE SIM UM TIRO ANTES DA POLÍCIA ENTRAR, SÓ QUE A NAYARA NÃO DIZ PQ GOSTA DO CARA E NÃO QUER COMPLICÁ-LO MAIS DO QUE JÁ ESTÁ!!!
MEU SÓ SEI QUE O CASO NÃO É NADA, NADA, NADA QUE VOCÊS PENSAM... O BABADO É FORTE!!!
OBS:
FONTE: DE UM VIZINHO DE NAYARA!!!
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