segunda-feira, setembro 22, 2008


Surgiu um novo Lula. Que saiu direto do “eu não sabia” para “eu sei tudo”. O outro sumiu de cena ao cabo do primeiro mandato. Foi ele que ignorou a existência de “uma sofisticada organização criminosa” com gabinete a poucos metros do seu. O atual, salvo um imprevisto, permanecerá em cena até o último dia de 2010. Ou até mais se quiserem.

Não, não me abandone. Você não irá ler outra diatribe contra o presidente da República mais querido da nossa História. Sou franco e confesso: buscava há muito tempo uma maneira original de elogiar Lula, quem sabe de aderir a ele.



Imaginava esgotado o estoque de elogios que lhe poderiam ser feitos. Mas penso ter encontrado um que a ninguém ocorreu. Este: Lula é modesto. Quase diria modestíssimo. Ao contrário do que afirmam seus escassos adversários, o êxito não o cegou.



Você vê presunção quando Lula se define como um homem “abençoado por Deus” porque, certamente, “muitos outros presidentes gostariam de ter vivido um momento” como ele vive? Arrogância quando diz que seu sucessor enfrentará o “sério problema” de “fazer mais do que um metalúrgico”? Gabolice quando reclama dos que o xingam “durante o dia na Câmara e no Senado” para, à noite, saírem a distribuir “santinhos” com sua foto nos lugares onde mendigam votos?



Pois sinto muito, mas você está errado. Ou então faz parte da microscópica fatia de 8% dos brasileiros que avaliam o governo Lula como ruim ou péssimo. No Recife, por exemplo, 83% dos que ali moram avaliam o governo como ótimo ou bom. Eram 80% no início da campanha eleitoral.



Bote fé no homem! Se ele farejar perigo, enquadrará logo o Lula refém do eleitor e fará tudo o que for necessário. O Lula de verdade jamais rasgou dinheiro – dele ou dos outros.



Leia o texto de Noblat, completo, aqui


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