segunda-feira, setembro 04, 2006

Saiu agora mesmo no Blog do Hugo. É impressionante e verdadeiro:


Contra fatos não há argumentos

O professor de economia da universidade de São Paulo e articulista, Ricardo Bergamini, publicou um estudo detalhado sobre o desempenho da economia brasileira durante o governo Lula (jan/03 até jun/06) comparando os resultados com os últimos presidentes, especialmente com FHC. O texto é bastante técnico, por isso, tentarei resumi-lo de forma a dinamizar a leitura.

1) “De janeiro de 2003 até junho de 2006 houve redução das despesas totais (correntes e de capitais) de 0,84% do PIB em relação ao ano de 2002. Redução real em relação ao PIB de 2,58%. Sendo as principais reduções reais em relação ao PIB: Fazenda (-7,39%); Saúde (–6,90%); Defesa (-15,82%); Educação (–12,41%).” Lula gastou menos o dinheiro público, isto significa que o superávit primário teve uma meta maior.

2) “No conceito de liquidez internacional (inclui empréstimos ponte com FMI) as reservas em dezembro de 2002 eram de US$ 37,8 bilhões (com US$ 21,5 bilhões de dívida com o FMI), sendo as reservas ajustadas de US$ 16,3 bilhões. Em junho de 2006 estavam em US$ 62,7 bilhões (sem divida com o FMI), sendo as reservas ajustadas de US$ 62,7 bilhões.” Lula aumentou as reservas cambiais e ainda retirou delas o dinheiro do famigerado FMI (É isso mesmo o Brasil não deve mais o FMI).

3) “A dívida total líquida da União (interna e externa) migrou de R$ 87,8 bilhões (25,13% do PIB) em dezembro de 94 para R$ 1.103,9 bilhões (82,01% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real em relação ao PIB de 226,34% comparado com dezembro de 1994.Em junho de 2006 migra para R$ 1.450,6 bilhões (72,51% do PIB). Redução real em relação ao PIB de 11,58% comparando com dezembro de 2002” FHC aumentou 82,01% nossa dívida e Lula a diminuiu em 11,58% (Este número seria bem maior no caso de considerarmos somente a divida externa).

4) “Série história de nossa balança comercial com base na média/ano foi como segue: 85/89 (superávit de US$ 13,5 bilhões = 4,57% do PIB); 90/94 (superávit de US$ 12,1 bilhões = 2,70% do PIB); 95/02 (déficit de US$ 1,1 bilhão = -0,16% do PIB). De janeiro de 2003 até junho de 2006 (superávit de US$ 35,1 bilhões = 5,23% do PIB).” Lula, ao contrario de FHC que registrou um déficit médio de R$ 1,1 bilhão, registrou uma média de US$ 35,1 bilhões de superávit por ano

5) “Série histórica de nossa necessidade de financiamento de balanço de pagamentos com base na média/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilhões = 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilhões = 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilhões = 7,86% do PIB). De janeiro de 2003 até junho de 2006 (US$ 24,7 bilhões = 3,68% do PIB).” Lula disse não ao FMI

6) “Com base nos números conhecidos no mês de Junho de 2006, comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da ordem 212.591 servidores: Legislativo - 7.326; Judiciário - 9.328; Executivo Militar - 70.287 recrutas; Executivo Civil - 115.372 e Ex-territórios e DF de 10.278.” 212.591 servidores públicos a mais fruto de concursos públicos.

7) “Com base nos números conhecidos até junho de 2006 podemos projetar para o exercício de 2006 um déficit do setor privado (INSS) de R$ 22,9 bilhões (1,14% do PIB) e um déficit do setor público federal de R$ 33,2 bilhões (1,66% do PIB), totalizando no ano 2006 déficit previsto de R$ 56,1 bilhões (2,80% do PIB).” Déficit da previdência alarmante

8) “O PIB per capita apurado no ano de 1994 foi de US$ 3.464,00. Em 2002 fechou em US$ 2.630,00, ou seja: 24,08% menor do que o apurado em 1994. Com base nos números conhecidos até junho de 2006 podemos projetar um PIB per capita de US$ 4.893,00, ou seja: 86,04% maior do que o apurado no ano de 2002, e 41,25% maior do que o apurado em 1994.”

9) O PIB apurado no ano de 1994 foi de US$ 543,1. Em 2002 fechou em US$ 459,4 bilhões, ou seja: 15,41% menor do que o apurado no ano de 1994. Com base nos números conhecidos até junho de 2006 podemos projetar um PIB de US$ 913,2 bilhões, ou seja: 98,78% maior do que o apurado em 2002, e 68,14% maior do que o apurado em 1994.

10) Em 2002 foi apurada uma taxa média de desemprego aberto, medida pelo IBGE, de 11,7%. Até junho de 2006 foi apurada uma taxa média de 10,1%, ou seja: 13,68% menor do que a média apurada em 2002.


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