Dos biocombustíveis produzidos, o etanol brasileiro de cana é “o mais favorável do mundo”. O veredicto foi dado pelo relatório “Uma Outra Verdade Inconveniente”, divulgado hoje pela Oxfam, entidade britânica de combate à pobreza.
Fora o afago ao álcool brasileiro, o restante do documento é bastante crítico em relação às políticas de subsídios aos biocombustíveis praticadas pelos países ricos. Segundo o relatório, o etanol e o biodiesel são responsáveis por 30% do aumento no preço global dos alimentos, empurrando 30 milhões de pessoas ao redor do mundo para a pobreza.
O relatório emenda ainda que “embora a produção de etanol no Brasil esteja longe de ser perfeita e apresente vários problemas sociais e de sustentabilidade ambiental, este é o mais favorável do mundo em termos de custo e equilíbrio dos gases de efeito estufa.”
A Oxfam clamou aos países ricos que desmantelem os subsídios para biocombustíveis e reduzam as tarifas de importação. “Os países ricos gastam até US$ 15 bilhões no ano passado para apoiar a produção de biocombustíveis, e ao mesmo tempo impoem barreiras ao etanol brasileiro, que é muito menos danoso à segurança alimentar mundial e ao meio ambiente”, descreve o relatório, que pode ser conferido na íntegra aqui:
http://www.oxfam.org.uk/resources/policy/climate_change/bp114_inconvenient_truth.html
A agência de combate à pobreza também sugere aos países ricos que joguem no lixo suas metas de biocombustíveis, incluindo os planos da União Européia de chegar a ter 10% de combustíveis de fontes renováveis até 2020.
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