O Brasil é a bola da vez com seu etanol, petróleo, promoção a grau de investimento e a torcida da imprensa internacional. Falta o upgrade geopolítico. Nesta categoria ainda não estamos na liga dos outros integrantes do BRIC (Rússia, India e China). Perdão pelo jargão, não somos "global players" na geopolítica.
Aliás, uma das reportagens sobre o Brasil que a rede pública de televisão dos EUA, a PBS, está levando ao ar nesta semana justamente termina com a pergunta: quando o Brasil terá uma importância na política mundial compatível com sua ascensão econômica?
De certa forma, a relativa desimportância política é um privilégio. O Brasil não se encontra em uma zona explosiva do mundo. Vamos pegar o exemplo da Ïndia. Assim como o rival Paquistão, ela tem armas nucleares e com a rápida ascensão da China, tornou-se aliado estratégico dos EUA.
O jogo nas nossas bandas é menos valioso. Basta ver que um dos raros assuntos hemisféricos (além de energia) que chamam a atenção dos candidatos presidenciais americanos é a Venezuela de Hugo Chávez (e, por extensão, a Colômbia de Álvaro Uribe). E o foco em Chávez é em grande parte motivado pelo papel estratégico das importações do petróleo venezuelano pelos americanos.
O Brasil, aliás, é visto como um contrapeso às pretensões hegemônicas de Hugo Chávez na América Latina. Sem os delírios bolivarianos, haveria menos funcionalidade para o país. Há, é claro, Cuba, uma obsessão anacrônica dos americanos, realçada na temporada eleitoral, muito mais pela importância dos votos da comunidade cubana na Flórida.
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