"Santos-Dumont foi talvez o homem mais prestigiado de Paris nos primeiros anos do século 20. Sua imagem elegante estampava-se em caixas de charutos, caixas de fósforos e aparelhos de jantar. Desenhistas de moda fizeram negócios prósperos com réplicas de seu chapéu panamá e com seus colarinhos altos e duros dos quais ele tanto gostava. Fabricantes de brinquedos não conseguiam produzir quantidade suficiente de modelos de seus balões. Até mesmo os confeiteiros franceses o homenageavam com bolos em forma de charuto a forma típica de seus dirigíveis decorados com as cores da bandeira brasileira". Disse Em Asas da Loucura - A Extraordinária Vida de Santos-Dumont, o jornalista norte-americano Paul Hoffman.
Há cem anos, Alberto Santos Dumont fazia seu debut nos céus de Paris. Antes ele já fazia suas peripécias por lá, mas era preciso escolher uma data : 17 de maio de 1906. Seu pai o havia mandado estudar em paris, sob o pretexto de se tornar "um homem". Infelizmente isso não aconteceu, já que a personalidade inquieta, tipica de gênios, o transformou sim, em uma personalidade e causou um misto de admiração e fascinação nos parisienses.
Santos Dumont pesava pouco mais de 50 quilos e caprichava nos toques femininos de sua aparência, do corte de cabelo ao uso de uma pulseirinha de ouro, na qual depois prendeu uma imagem de São Benedito, que lhe fora dada de presente pela Princesa Isabel (feita pelo joalheiro Cartier), vivendo então os anos de seu exílio parisiense. Isso chamava muito a atenção de uma sociedade conservadora e acostumada aos bons costumes.
Para saber mais sobre Santos Dumont:
http://www.cabangu.com.br/pai_da_aviacao/
http://www.vidaslusofonas.pt/santos_dumont.htm
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