sexta-feira, maio 12, 2006
Politicagem extrema
Muitos dizem que a Rede de Televisão Globo é o quarto poder no Brasil. Ela cria ídolos, ressussita outros esquecidos e afunda quem ela quer.
Existem casos e mais casos de coisas desse tipo. Por exemplo: se a Globo não quisesse, Fernando Collor de Mello não seria cassado, mas ela queria e ele foi. Outro exemplo? O Caso da Escola Base, em que um reporter da Globo publicou, o que é considerado hoje um dos erros mais graves da midia nacional, que os professores e os donos desta escola estariam praticando abuso sexual com alguns alunos. Tudo engano. A vida dessas pessoas acabou. E tem muito mais.
Esta semana a Globo provou do que é capaz em um caso que passaria desapercebido da grande maioria, não fosse a reportagem de Raimundo Rodrigues Pereira da revista Carta Capital.
Segundo ele, Frank Williams, o chefe da famosa escuderia de Fórmula 1 que leva seu sobrenome, ter colocado, nos seus dois veículos que disputaram a prova, um adesivo com uma bandeira do Brasil e os dizeres “2006 auto-suficiente”, para comemorar o fato de que o País está se tornando auto-suficiente em petróleo (foto acima).
Além da bandeira, Frank colocou os dizeres: totally free of charge, in recognition of this exciting – and almost unique – development for Brazil and Petrobras. Tudo isso sem cobrar nada, apenas como uma homenagem.
A Globo foi avisada da homenagem e foi solicitada uma divulgação, pois era um fato importante para o Brasil e a Petrobrás e também para a própria Globo, já que ela é brasileira.
A Globo não só não divulgou, como praticamente não mostrou o carro da Williams nem nos treinos nem na corrida. Foram apenas 90 segundos. Foi uma decisão politica, já que esse fato seria importante para o Presidente Lula. É como se tivesse sido uma conquista do atual governo. Que absurdo!
Frank Williams tem uma ligação muito forte com o Brasil. Deu, em 1983, a oportunidade para Ayrton Senna pilotar um carro de Fórmula 1 pela primeira vez. E o piloto brasileiro morreu exatamente em Ímola, no dia 1º de maio de 1994, na sua primeira temporada pelo time de Frank Williams.
Vejam o que disse um porta-voz da Globo: “Não consideramos que todo tipo de homenagem tenha interesse jornalístico. Nesse caso específico, avaliamos que a homenagem teve mais interesse comercial do que jornalístico”.
Segundo a revista, a Globo não errou, ela fez uma opção. "O passado da TV Globo – que, não se pode esquecer, tentou esconder a campanha das Diretas Já, em 1984, e editou contra Lula o seu debate com Collor, no final da campanha presidencial de 1989 – não permite excluir essa hipótese".
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